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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

histórias


Pequenas passagens da minha aventurosa vida
Recordações da minha infância
Vou-lhes contar uma pequena história, do tempo em que as creches eram as ruas da vila, em que andar-mos pela rua era normal, quando se tem três anos de idade. Nesse tempo, poucos carros havia aqui em Alcochete, lembro-me, por exemplo de uma dona elvira (donas elvira eram aqueles carros do tempo da segunda guerra mundial, aqueles citroen, muito rasteiros, eram esses mesmos), de alguns táxis, dois ou três, não mais, algumas camionetas e algumas carroças, acreditem, porque isto aqui, naquele tempo, a minha vila que eu tanto amo, era mesmo assim, continuando, dentro do tempo em que as ruas da vila eram a creche.
Sendo verão e também hábito, lá fui eu para a praia brincar, porque ali era o nosso parque de divertimento e eu que nasci mesmo ali a cem metros da rampa, que ainda existe hoje, aquilo era a toda a hora, estava sempre metido no (parque), desculpem, queria dizer praia, certo dia estava eu a brincar, lembrei-me de ir para dentro de uma boteira, que estava mesmo ali, para eu criar ilusões de grandes viagens, pelos Mares da aventura, mas entretanto, a maré estava a encher, eu lá entretido nas minhas aventuras, não reparei que a maré encheu muito depressa, quando me lembrei de descer da boteira, já não tinha pé, mas sem o saber, larguei-me e comecei logo a bater pano, melhor dizendo, comecei a afogar-me porque já não tinha pé, mas depois do azar de estar quase a afogar-me, um homem, que nesse dia estava a trabalhar no terraço, aonde está o nosso pároco a viver, (antiga casa do Abrantes) viu a cena toda e começou logo a gritar, para me acudirem, lá um outro homem que estava na muralha ouviu e correu para me socorrer e salvar de morrer afogado na nossa creche, ou ATL, como lhe chamam agora.
Bom ainda cá estou para vos contar a história.
José Vicente

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