A minha escola era no Samouco. Tinha umas carteiras em madeira, tinha janelas em madeira, uma porta de madeira castanha com uma maçaneta em ferro, umas escadas, duas casas de banho, uma para as raparigas e outra para os rapazes e um muro branco (caiado), com uma rede castanha. Também tinha um portão em ferro, um campo de futebol e uma cantina onde íamos almoçar todos.
No primeiro dia de aulas quem me foi levar foi a minha mãe. Eu tinha sete anos e levava uma blusa branca e umas calças cor-de-rosa e uns sapatos pretos. Tinha ainda uma bata branca (era obrigatória), com um laço. Levava uma mochila azul, os livros escolares, uma carteira para os lápis de cor, para além de um lápis, caneta e de uma borracha, um afia, uma régua, canetas de feltro e alguns cadernos.
Tive duas professoras, uma chamava-se Maria do Rosário e deu-me aulas da primeira até á segunda classes e a outra era a Maria do Carmo e foi da terceira à quarta classes. As professoras faziam trabalhos manuais e, às vezes, faziam festas que era o que nós gostávamos mais.
Os meus amigos eram sete: a Paula, a Sofia, a Mariana, a Catarina, o José, o João e o Emanuel.
Brincava com as minhas colegas à cabra-cega, jogava à bola, saltava à corda, andava de baloiço, brincava ao comboio, jogava à malha e às escondidas. Foi o melhor tempo da minha infância, porque era muito pequena e era muito feliz, tinha verdadeiros amigos.
Maria da Graça Jesus, B2 (escola primária dos anos 70- 1970)
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